No dia 20 de novembro celebramos o dia da consciência negra, esta data foi marcada pela morte do maior líder negro que o Brasil já teve, Zumbi dos Palmares. Lutou bravamente pela liberdade de milhares de negros e negras que pertenciam ao Quilombo de Palmares, que viviam sob as agruras da coroa portuguesa.
Hoje, 20 de novembro de 2011, 316 anos após a morte de zumbi, nos deparamos com um cenário um pouco melhor que há 300 anos. O País avançou em muitos aspectos, social, econômico e cultural, mas quando se trata de ascenção de negros nas atividades mais importantes do Brasil esses números ainda são muito tímidos, como médicos, cirurgiões, professores universitários, atores, entre outros.
O companheiro Lula, no seu mandato, criou a Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, responsável por articular, fomentar e propor políticas voltadas para a população negra, principalmente, e todas as comunidades tradicionais existentes. Muitas conquistas foram obtidas, em relação à inserção do negro pelo ProUni, criação da Lei 10.639/2003, que institui o ensino da História e Cultura Afro-Brasileira nas escolas, projetos voltados para o Empreendedorismo e Geração de Trabalho e Renda.
Do ponto de vista do significado histórico do racismo, como obstáculo ao florescimento de potencialidades individuais e coletivas de todo um setor da população brasileira, e, por conseguinte, da própria nação, essas medidas apenas apontam para sua superação. O que nos faz citá-las e mesmo festeja-las é a noção clara que temos do seu caráter revolucionário, em perspectiva, inserida na dinâmica processual da luta contra a discriminação e da própria luta de classe, à qual a primeira deve obrigatoriamente estar ligada. Cabe ao movimento popular ajudar a construir a efetivação desta perspectiva, impulsionando avanços do governo federal e estaduais, com independência de classe, mas com a noção de co-responsabilidade pelos governos que ajudamos a eleger. A maior desenvoltura de atuação-crítica-construção que temos, sem as amarras do aparato institucional que os governos tem, é de extrema importância para o avanço do processo de luta contra o racismo e pelo socialismo.
Por isso, é preciso valorizar, cada vez mais, este dia, e dar força, agora, para a presidenta Dilma, para que avance nas realizações e aperfeiçoe o legado deixado pelo companheiro Lula.
Viva Zumbi! Viva o 20 de Novembro
Raphael Reis ( com contribuições do Camarada Marcelo Didonet)
Setorial Nacional de Negros e Negras
Central de Movimentos Populares
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