segunda-feira, 9 de julho de 2012

Posse dos Delegados do Orçamento Participativo 2012-2013: CMP presente!

No dia 23 de junho, tomaram posse os quase 1000 delegados presentes (dos 1100 totais) eleitos nas Plenárias de Base do Orçamento Participativo 2012-2013.

Os delegados, com mandato de 2 anos, farão a priorização inicial das propostas no Fórum de Delegados em cada cidade, constituirão as comissões de Acompanhamento de Licitação e Obras e de Liberação de Recursos, e elegerão os conselheiros, que procederão à priorização final que consolidará a peça orçamentária final do OP.
Na plenária de posse, que aconteceu no Teatro da República, uma pequena claque tentou puxar vaias, que passaram a ser abafadas pelos aplausos da maioria depois de contagiante e veemente fala do Chefe da Casa Civil, Berger, que lembrou que os governos anteriores, dos quais alguns dos que vaiavam são saudosos, nunca tiveram a coragem de se expor ao julgamento popular como o governo Agnelo, com o Orçamento Participativo. É realmente de se pensar o porquê das vaias em um espaço que é instituído pelo governo para a população ter voz e voto na definição de suas prioridades.
Havia também faixas questionando a lentidão da execução das obras e serviços priorizados no OP de 2011. O representante da Coordenadoria das Cidades, Chico Machado, explicou que as prioridades de 2011 são executadas no decorrer do ano de 2012, e que algumas já foram realizadas, e boa parte já está licitada ou aguardando a licitação. O governador, em viagem à Rio+20, foi representado pelo vice-governador Tadeu Fillipeli, que deu posse aos delegados presentes.
O Orçamento Participativo é um espaço aberto pelos governos populares que acreditam que na intervenção direta do povo está também a credibilidade e a força de um governo. A Central de Movimentos Populares intervém neste espaço de democracia participativa tanto para priorizar as propostas das comunidades, mas também para impulsionar a própria organização do povo em base às demandas locais. É parte da postura que defendemos que os movimentos populares devem ter em relação a governos de corte progressista: ocupar os espaços democráticos de maneira a potencializar a própria luta popular e, com independência de classe, ajudar a construir o próprio governo.
Assim, a partir da mobilização para participação na Plenária de Base do OP, para definir e votar prioridades e eleger delegados, bem como na relação do trabalho das comissões com o povo representado, pode-se conseguir organizar a população de uma área ou em torno de alguma demanda, o que passará a servir pra várias outras demandas e lutas, para as quais, antes, a comunidade não conseguia dar resposta por falta exatamente de organização.
A aguerrida bancada de delegados da CMP-DF, na foto abaixo, atuará firme e coesa, articulando-se com outros delegados do campo democrático, popular e progressista no sentido de fazer valer a máxima do OP: quem sabe o que a comunidade precisa somos nós!
Delegação da CMP DF

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