Os delegados,
com mandato de 2 anos, farão a priorização inicial das propostas no Fórum de
Delegados em cada cidade, constituirão as comissões de Acompanhamento de
Licitação e Obras e de Liberação de Recursos, e elegerão os conselheiros, que
procederão à priorização final que consolidará a peça orçamentária final do OP.
Na plenária
de posse, que aconteceu no Teatro da República, uma pequena claque tentou puxar vaias, que passaram a ser abafadas
pelos aplausos da maioria depois de contagiante e veemente fala do Chefe da Casa Civil, Berger, que lembrou que os governos anteriores, dos quais alguns dos
que vaiavam são saudosos, nunca tiveram a coragem de se expor ao julgamento
popular como o governo Agnelo, com o Orçamento Participativo. É realmente de se
pensar o porquê das vaias em um espaço que é instituído pelo governo para a
população ter voz e voto na definição de suas prioridades.
Havia também
faixas questionando a lentidão da execução das obras e serviços priorizados no
OP de 2011. O representante da Coordenadoria das Cidades, Chico Machado,
explicou que as prioridades de 2011 são executadas no decorrer do ano de 2012,
e que algumas já foram realizadas, e boa parte já está licitada ou aguardando a
licitação. O governador, em viagem à Rio+20, foi representado pelo
vice-governador Tadeu Fillipeli, que deu posse aos delegados presentes.
O Orçamento
Participativo é um espaço aberto pelos governos populares que acreditam que na
intervenção direta do povo está também a credibilidade e a força de um governo.
A Central de Movimentos Populares intervém neste espaço de democracia participativa
tanto para priorizar as propostas das comunidades, mas também para impulsionar
a própria organização do povo em base às demandas locais. É parte da postura
que defendemos que os movimentos populares devem ter em relação a governos de
corte progressista: ocupar os espaços democráticos de maneira a potencializar a
própria luta popular e, com independência de classe, ajudar a construir o
próprio governo.
Assim, a
partir da mobilização para participação na Plenária de Base do OP, para definir
e votar prioridades e eleger delegados, bem como na relação do trabalho das
comissões com o povo representado, pode-se conseguir organizar a população de
uma área ou em torno de alguma demanda, o que passará a servir pra várias
outras demandas e lutas, para as quais, antes, a comunidade não conseguia dar
resposta por falta exatamente de organização.
A aguerrida
bancada de delegados da CMP-DF, na foto abaixo, atuará firme e coesa,
articulando-se com outros delegados do campo democrático, popular e
progressista no sentido de fazer valer a máxima do OP: quem sabe o que a
comunidade precisa somos nós!
Delegação da CMP DF
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